| dc.description.abstract | O presente artigo aborda questões existentes ao falarmos nas relações entre
filosofia e literatura. Seus diálogos, relações e fronteiras. As poéticas e os caminhos
percorridos por Platão e Aristóteles. O significado da mímeses, o papel dos poetas e
suas obras, as tragédias. O caráter da filosofia e a sua relação com a história. Platão
expulsou os poetas da cidade de Atenas por entender que os poetas, os
compositores e as suas obras, as tragédias distanciavam as almas da verdade e
poderiam deformar o caráter dos indivíduos, em especial, as novas gerações, em
formação. Esta posição de Platão, contudo, não é restrita em relação à arte. Ela
decorre de outras ideias defendidas pelo filósofo. Na filosofia de Platão há a
dualidade entre a alma e o corpo. Para ele, o ser humano era imortal no que tange a
alma, que ela pertencia ao mundo inteligível e não ao mundo sensível, da matéria,
dos sentidos. Aristóteles, por sua vez, entende a mímesis como procedimento
artístico puro e simples. Ele não a mistifica, nem se reporta a um ideal, da mesma
forma que Platão ao se referir a mímesis. Ambos admitem a validade da
interpretação da arte como imitação, porém, diferem nos resultados dessa visão e
na forma como a arte poderia impactar a formação do homem grego. | pt_BR |
