dc.description.abstract | Predominantemente designada a jornalistas em veículos hegemônicos, a função do ombudsman, segundo Costa (2018), chega ao Brasil em 1989, por meio do jornal Folha de S. Paulo. Comum a quem exerce a crítica de imprensa, Cheida (2018) afirma existir tensões entre redação e direção de veículos que são pouco investigadas no meio acadêmico. Face ao exposto, este trabalho tem o objetivo de analisar a atuação do ombudsman no jornalismo independente, onde a questão central do estudo é: considerada a característica de uma organização colaborativa, de que maneira essas tensões se materializam nos textos da coluna Ombudsman do jornal RelevO? Com base nos estudos de Braga (2006), a pesquisa contextualiza o campo de atuação da crítica na comunicação, que além da emissão e recepção de enunciados, está situada em um terceiro processo comunicacional denominado de crítico-interpretativo. A fim de identificar marcas de tensão entre redação e a direção do jornal RelevO, a metodologia adotada é a análise de conteúdo (BARDIN, 1977). O corpus foi constituído de colunas assinadas por integrantes do conselho editorial e que anteriormente exerceram a função de ombudsman no veículo. O resultado do estudo indica múltiplas tensões originadas dentro do jornal RelevO. As tensões transitam nos núcleos do conselho editorial, do ombudsman e do editor do veículo. Face a natureza colaborativa, o estudo também identifica fluxos de tensões externas por parte de colaboradores voluntários e dos próprios leitores. | pt_BR |