A figura materna e a ação psicopedagógica a partir do diagnóstico do transtorno do espectro do autismo
Abstract
O objetivo deste artigo consiste em discutir sobre os sentimentos e comportamentos da mãe frente ao diagnóstico do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) de seu filho, pois é ela quem mais sofre com a situação, dedicando-se de maneira integral e fechando-se para outras vivências. Analisa, então, a importância das intervenções psicopedagógicas em relação a figura materna, primeiramente no trabalho de aceitação do transtorno, e, em seguida no ato de saber lidar e assumir a responsabilidade do cuidado e desenvolvimento da criança. Esse trabalho compõe-se por uma pesquisa bibliográfica de caráter exploratório e de natureza qualitativa, visando responder à questão norteadora da ação investigativa. Assim, a pesquisa foi delineada por meio do viés teórico de Zanatta, Guimarães, Ferraz e Motta (2014), Bowlby (2002), Buscaglia (2006) e Winnicott (1994, 1999, 2005), analisando os sentimentos maternos e Semensato e Bosa (2013), Quaresma e Silva (2010) e Fernández (1990), ao investigar o papel da ação do psicopedagogo. Conclui-se que, as crianças com autismo precisam de um acompanhamento sistematizado e eficaz, entretanto, as mães também precisam ser cuidadas, melhorando sua autoestima, e, consequentemente, ajudando no desenvolvimento do filho. Esse apoio profissional a partir de um psicopedagogo, trabalhando a acolhida e a afetividade, será de grande valia para o sucesso do tratamento.