A educação a distância e a produção de subjetividades: breves reflexões sobre a produção dos sujeitos contemporâneos
Abstract
A Educação a Distância (EAD) foi legitimada como modalidade educacional a partir
da implantação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96).
Desde então, as políticas públicas passaram a ser pautadas no discurso da
democratização do acesso ao ensino superior. Diversas instituições (públicas e
privadas) passaram a oferecer opções de cursos na modalidade EAD, desde cursos
de curta duração, extensão, graduação e pósgraduação,
de modo a tornar possível
a formação continuada e a educação superior àqueles cuja localização geográfica
inviabilizava a frequência em cursos presenciais. Tomando por base as políticas de
expansão da EAD nos últimos anos, a diversificação do seu público alvo, e os
discursos sobre autonomia e flexibilidade, o presente estudo teve com objetivo refletir
sobre a EAD na perspectiva da governamentalidade e biopoder, considerando a
produção de subjetividades. Caracterizado como bibliográfico, o presente estudo está
assentado nos chamados ‘estudos foucaultianos’. Os resultados apontam para o
alinhamento entre as políticas públicas da educação e a regulação da população a
partir da produção de sujeitos autônomos em face à subjetivação da identidade do
novo homo oeconomicus.