A fé peregrina e o turismo religioso: um olhar para a sua contradição
Abstract
O presente trabalho ao olhar para a fenomenologia das peregrinações nas grandes religiões atentou-se não só para com os seus primórdios e evoluções, mas também para com a sua atualidade. Considerou-se características culturais distintas uma vez que se analisou diferentes povos e religiões, por conseguinte parecerão diversas as interpretações do Sagrado. Este estudo deteve-se um tanto mais na ineficácia do
que vem sendo denominado como peregrinação na atualidade, já que a jornada foi transformada em deambulações, grosso modo vão sendo meras distrações no terreno da fé muito pouco ou nada voltadas para a jornada do espírito. Aquilo que seria uma aproximação frente ao divino vem se figurando como viagens de entretenimento, dir-se-ia ainda que, quiçá, o que se faz na maioria das vezes são idas aos lugares santos tão somente para se intimidar o Sagrado tornando utilitarista ou até mesmo um objeto de consumo por se objetivar um status; a vanglória de lá se ter ido. Apontando oportunamente as suas vias e os seus desvios buscou-se alguns possíveis caminhos condutores de reinterpretações induzindo a novas práticas. A abordagem almeja que se conscientizem os promotores desses deslocamentos de uma premente necessidade de se retomar o seu sentido. Para refletir sobre o Judaísmo, o cristianismo, o Islamismo, o Hinduísmo e o Budismo o estudo fundamentou-se na literatura do gênero, como também sites alusivos às movimentações da fé.