Teoria das cores: análise da pintura do teto da capela sistina
Abstract
Este trabalho analisa a obra realizada por Michelangelo Buonarroti no teto da Capela Sistina entre 1508 e 1512 com atenção para o uso da cor, buscando reconstruir parcialmente a história dos pigmentos utilizados, o uso do cânone cangiante e as possíveis aproximações dos resultados ópticos com a teoria moderna das cores estabelecida entre os séculos XVIII e XIX por Goethe. Tal problemática se materializa na dúvida de como o artista realizou a escolha das cores. Essa questão se faz necessária devido aos poucos estudos sobre o tema na obra de Michelangelo, que era também um exímio colorista. O propósito central deste trabalho é aproximar a teoria moderna das cores com o pensamento artístico do artista, buscando por inferência que Michelangelo, mesmo que de forma intuitiva, conseguiu criar efeitos ópticos com as cores que chamam a atenção do olhar. Para isso foi empregada a pesquisa bibliográfica qualitativa, baseada em estudos, artigos e publicações acerca do assunto. Esse propósito será fundamentado a partir da revisão bibliográfica/ estado da arte. A pesquisa demonstrou que apesar de não ser possível evidenciar o pensamento teórico de Michelangelo sobre as cores, existe a possibilidade de que o mesmo alcançou efeitos de harmonizações destas como forma tanto de reverenciar o passado, como moderniza-lo, abrindo espaço para que novas pesquisas acerca do tema possam se aprofundar no assunto a fim de trazer novas descobertas e olhares para o teto da Capela Sistina e as soluções do artista para a obra.