Os movimentos sociais negros no contexto da construção de uma cultura contra hegemônica
Abstract
Desde o início da globalização hegemônica neoliberal ocorrida na década de 70 do século XX o mundo vem passando por um processo de desvalorização das diferenças locais e supervalorização de culturas internacionais ditadas pelas economias de países desenvolvidas do mundo, em oposição a esse movimento mundial vários grupos têm lutado contra essa hegemonia dos mercados e culturas criando então o movimento de globalização contra hegemônica cuja atuação se dá pelos chamados grupos sociais. A internacionalização desses grupos, devido ao desenvolvimento das mídias digitais e redes sociais tem se mostrado forte e com capacidade de alterar algumas políticas implantadas ou em implantação principalmente contra grupos não majoritários, como os negros, tema principal desse trabalho que teve como objetivo analisar e discutir o papel dos movimentos sociais negros na atualidade em defesa de seus valores culturais e sociais tendo como pano de fundo a globalização contra hegemônica e a teoria crítica das Relações Internacionais e partindo da hipótese de que os movimentos sociais são importantes atores de denúncia e transformação das condições de vida das minorias em um mundo cada dia mais homogêneo culturalmente e neoliberal economicamente e ao mesmo tempo o trabalho fez uma pequena análise da história e atuação da Organização Negra Soweto, sedia no Brasil. O trabalho tratou de uma revisão bibliográfica em livros, periódicos e páginas da internet para o levando de informações por onde pode ser possível concluir que os movimento sociais tornaram-se importantes atores internacionais, bem como agentes de denúncia e lutas por direitos sociais e culturais que são gradualmente retirados dessas populações devido à globalização hegemônica e às políticas de estado mínimo do neoliberalismo que têm sido adotadas por boa parte dos estados na atualidade.