A Educação dos imigrantes alemães
Abstract
O movimento iluminista veio acompanhado de idéias liberais e a educação também foi alvo destas proposições. Vários foram os países que se envolveram neste movimento. Em Portugal, as reformas do Marquês de Pombal, com a expulsão dos jesuítas, atingiram também o sistema educacional brasileiro. D. João VI, instalandose no Rio de Janeiro, apoiou a cultura e estimulou, também, a imigração de povos europeus para o sul do país. A partir de 1850, o vale do Rio Itajaí começou a receber os primeiros imigrantes alemães. A sistematização do conhecimento passou a ser um fato preocupante entre os imigrantes. A falta de um lugar apropriado e de profissionais capacitados fez com que, algum colono “mais instruído”, passasse a exercer a função de professor nas casas das famílias. Fernando Ostermann foi o primeiro professor diplomado que veio à colônia, dando início às atividades educativas. Era mantido por verbas disponibilizadas pela Província e inicialmente, agregou-se a uma família, para ter os primeiros contatos com a língua portuguesa, pois o ensino desta era obrigatório. A carência, tanto de locais como de pessoas qualificadas, fez com que as famílias se unissem para custear uma pessoa da comunidade para exercer a profissão de professor. O primeiro material didático foi improvisado, sendo posteriormente adquirido em São Leopoldo (RS), colônia alemã mais desenvolvida. Com o movimento nacionalista de Getúlio Vargas, as escolas étnicas foram fechadas, proibidas de lecionarem na língua alemã, e poucas foram reabertas tendo o português como língua única.