A perspectiva histórica e filosófica sobre a conceitualização e adaptação curricular às novas necessidades sociais
Abstract
Por meio da revisão bibliográfica abordaram-se um problema constante na educação brasileira desde a consolidação das bases históricas de nossa educação: o distanciamento entre o currículo proposto pelo sistema educacional oficial e a realidade dos alunos. Conhecendo-se as necessidades reais para que ocorra uma educação de qualidade e observando, no decorrer de nossa carreira, como se constrói uma imagem de ineficiência da escola pública, tornando-a figurativa dentro das comunidades pobres, começam a questionar quais seriam as reais causas de um comportamento tão passivo diante de uma realidade que está sendo construída. Objetivamos apresentar um breve histórico do desenvolvimento das principais ideias que nortearam nossos pensamentos para, em seguida, apresentar a gênese da educação brasileira, estabelecida pelos jesuítas, além de resgatar alguns elementos da mentalidade jesuítica empregada na educação, além de aspectos da estruturação curricular, fundamentos e objetivos educacionais da época. A pesquisa aponta para aspectos culturais que pesaram nesta rejeição, além dos meios encontrados pelas escolas particulares para camuflar o currículo com falsos cursos técnicos que na realidade preparavam para o vestibular. A conclusão aponta para a necessidade de revisão do paradigma que sustenta a educação, submetida ao modelo propedêutico imposto pelos vestibulares. Tudo amparado por um conjunto de leis regidas pelos direitos educacionais. O que acaba acontecendo, é que a escola na verdade, consolida uma representatividade vazia, pois sua funcionalidade não consegue ultrapassar as fronteiras da burocracia.