“Jane Eyre” e “A intrusa”: a intertextualidade feminina no século XIX
Abstract
Este artigo tem como propósito apresentar as similaridades entre a vida e escrita
das autoras Charlotte Brontë e Júlia Lopes de Almeida, a partir dos romances “Jane
Eyre e A Intrusa”, que foram escritos durante o século XIX, no qual as mulheres não
tinham direitos e dependiam da vontade do homem, um sistema patriarcal e injusto.
Buscar-se-á identificar as características psicológicas e sociais das personagens
femininas Jane Eyre e Alice e como elas aparecem nas obras, ambas sob a
perspectiva de Antonio Cândido, e reconhecer a intertextualidade e a dialogicidade
das obras através do ponto de vista Bakthiniano. A metodologia empregada foi a de
pesquisa bibliográfica, realizada através da consulta de livros e de documentos da
Biblioteca Nacional. Portanto, constatou-se que estudar a escrita de autoras como
Charlotte e Júlia se faz importante para que se possa compreender o tempo em que
viviam e comparar com textos escritos atualmente, e assim poder perceber o quanto
foram justas as denúncias, os anseios e protestos de autoras, e como elas foram e
são importantes para que outras viessem depois e escrevessem, ousassem,
falassem, e ainda resistirem.