Navegação portuguesa entre 1500 e 1700: Aspectos da orientação, alimentação e higiene
Abstract
O presente trabalho pretende contribuir com o entendimento da complexidade do
processo de estabelecimentos das rotas, alimentação e higiene nas embarcações
portuguesas entre os anos de 1500 e 1700. Apresentam-se inicialmente os contextos
europeu e português deste período. Para comprovar a complexidade do uso dos
equipamentos antigos é realizada uma introdução aos principais modernos métodos
de navegação por instrumentos eletrônicos e satélites e a provável forma da evolução
da arte de navegar. Porém surgem questões importantes. As rotas eram frutos de
especialistas que utilizavam ensinamentos de ordem prática ou seriam elaboradas
com o uso intenso dos conhecimentos matemáticos e astronômicos? Na navegação
costeira a referência é a terra, mas qual seria a referência em mar aberto? Como era
o processo de alimentação? Qual quantidade de alimentos era embarcado? No
aspecto sanitário era seguro viajar nestas embarcações? Utilizou-se como
metodologia para elaboração deste trabalho a revisão bibliográfica. O objetivo deste
trabalho é contribuir com a ampliação do entendimento da complexidade dos
processos de manter-se na rota, da alimentação e da higiene nas embarcações
portuguesas entre os anos de 1500 e 1700. Conclui-se o trabalho em favor da
necessidade do aprofundamento dos estudos sobre o tema, pois sabemos muito
pouco sobre a navegação portuguesa nos aspectos propostos pelo presente trabalho,
principalmente na manutenção da rota de navegação. Em pleno Século XXI, a análise
da interdependência entre manutenção das rotas, alimentação e higiene no Século
XVI e XVII, atuando de forma mortal entre 200 a 800 pessoas, durante 30 ou mais
dias de viagem continua criando uma atmosfera de mistério.