dc.description.abstract | Este artigo aborda o fenômeno do Negacionismo do Holocausto de extrema direita
na dimensão da disputa pela memória coletiva. Reconhece-se aqui não se tratar de
algo novo, pois os primórdios dos movimentos que negam esse acontecimento
trágico remontam a pelo menos à década de 1940. Num primeiro momento,
conceituou-se que esse processo trata da negação de que fatos e acontecimentos
históricos tenham ocorrido, com base em documentos e afirmações falsas. Diante da
grande variedade de negacionismos envolvendo esse evento, escolheu-se estudar o
fenômeno do negacionismo de extrema-direita. Logo, o campo de disputa em que
esses discursos ocorrem é o da memória, essencial à constituição da identidade de
indivíduos e grupos. Em seguida, procedeu-se uma análise das dimensões que
podem tornar difícil a pessoas e grupos relatar as suas experiências vividas em
relação a um acontecimento traumático. Ao final, foi realizada um exame das
intenções políticas e argumentos utilizados para negar o fato histórico do Holocausto.
Nesta pesquisa, adotou-se o método da análise bibliográfica, por meio do estudo da
literatura relacionada ao tema, de modo a compreender as causas do fenômeno
estudado. Este trabalho conclui que o negacionismo do Holocausto recorre a
documentos falsos e mentiras em prol da intenção política de tornar algum projeto de
fascismo aceitável novamente no futuro. | pt_BR |