Percepções de crianças da primeira infância sobre as relações educativas na sua escola. é possível melhorá-la a partir de suas opiniões?
Abstract
Pensar a organização da escola da primeira infância pressupõe, também, ouvir o que as crianças têm a dizer sobre ela. Numa perspectiva de participação infantil, conhecer as percepções sobre as relações educativas de meninos e meninas de 4 a 6 anos de duas instituições, uma pública e uma privada, toma forma de objetivo nesta dissertação. Dessa forma, por meio de fotografias, desenhos, projetor de imagens, gravador de áudio, diário de campo, as narrativas foram documentadas. As informações foram organizadas e as percepções sobre as relações educativas delineadas, ao perguntar para as crianças o que elas mais gostavam na sua escola e o que elas achavam que não estava legal, indagando-lhes por sugestões para melhoria. Num processo de reflexão que teve os direitos de aprendizagem e desenvolvimento da Base Nacional Comum Curricular como norte buscou-se respaldo legal para entender se as opiniões das crianças são capazes de contribuir com a melhoria de sua escola, conforme pergunta que faz parte do título desta dissertação: “Percepções de crianças da primeira infância sobre as relações educativas na sua escola: é possível melhorá-la a partir de suas opiniões?”. Para chegar a apontar uma possível resposta, o texto aborda conceitos importantes como o de criança, infância, participação infantil, parceria entre adultos e crianças, pesquisa com crianças, entre outros, principalmente sob a ótica da sociologia da infância. Tais conceitos, além de constituírem o norte teórico permeiam as discussões, análises e relações com a prática descritas neste estudo. Ao final, apresenta-se como produto desta dissertação a sugestão de um curso de extensão a distância tendo como público alvo gestores, professores e profissionais interessados em avaliar e (re) organizar as escolas para a primeira infância em parceria com as crianças. Participar desse movimento onde estão engajados autores como Barbosa, Fochi, Carvalho e Sarmento pode ser um caminho em potencial para contribuir com escolas com mais sentido para a infância. Thinkig about the organization of the early childhood school also presupposes listening to what children have to say about it. From a prespective of child participation, Knowing the perceptions about the educational relations of boys and girls from 4 to 6 years old from two institutions, one public and one private, takes shape in this dissertation. Thus, through photographs, drawings, image projector, audio recorder, field diary, the narratives were documented. This information was organized and perceptions about educational relationships delineated by asking the children what they liked most about their school and what they though was not cool, asking them for suggestions for improvement. In a process of reflection that had the rights of learning and development of the Common National Curriculum Base as north sought legal support to understand if the opinions of children are able to contribute to the improvement of their school, as questions that is part of the title of this dissertation: “Perceptions of early childhood on educational relations in your school: is it possible to improve it from their opinions?” To reach a possible answer, the text addresses important concepts such as child, childhood, child participation, partnership between adults and children, reserch with children, among others, especially from the perspective of socilogy of childhood. Such concepts, besides constituting the theoretical north, permeate the discussions, analyzes and relations with practice described in this study. At the end, it is presented as the product of this dissertation the suggestion of a distance extension course targeting managers, teachers and professionals interested in evaluating and (re) organizing early childhood schools in partnership with children. Participating in this movement where authors such as Barbosa, Fochi, Carvalho and Sarmento are engaged can be a potential way to contribute to more meaningful school for children.