O corporativismo dirigista brasileiro na constituição de 1937 e a influência teórica de Mihail Manoilescu (1930-1945)
Abstract
O entreguerras marca um período em que o liberalismo parecia ter abandonado a
cena política na Europa e na América do Sul. Durante a primeira metade do século
XX, um tipo de ―estatismo orgânico‖ se tornou um poderoso dispositivo ideológico e
institucional contra a democracia liberal. Com a ideia de representar uma ―terceira
via‖, permeou as principais famílias políticas da direita conservadora e autoritária de
diversos países periféricos na Europa e na América Latina. Nesse período da história
a sociedade brasileira caminhou para o autoritarismo e adotou uma Constituição com
tendências corporativas influenciada pelos pensamentos do economista romeno
Mihail Manoilescu. A partir da análise das fontes pretende-se verificar o sentido
atribuído ao projeto corporativista na Constituição de 1937, de que forma as ideias
políticas e econômicas de Manoilescu circularam e foram traduzidas pela cultura
jurídica da época e os reflexos dessa doutrina na criação de institutos jurídicos no
período histórico analisado (1930-1945)